A matéria vem do Espaço Vital, que já indicamos outras vezes aqui (link para a original ao final).
O inovador precedente é da 12ª Câmara Cível do TJRS, decidindo ação contra a HDI Seguros Brasil, sobre um contrato de seguro e as peculiaridades de um atropelamento ocorrido em Sapiranga (RS), causado por alta velocidade. O motorista imprudente – que hoje mora na China – já tinha sido condenado no juízo criminal.
A prova confirmou que o falecido era um homem saudável. E a decisão sociológica do tribunal gaúcho reconheceu que “a morte de um ente querido traz imensurável dor da perda àqueles que ficam, ainda mais no caso concreto, em que a autora e o falecido eram casados há mais de 60 anos, tendo construído uma vida em comum”. O voto é do desembargador relator Pedro Luiz Pozza, que acolheu tese sustentada pelo advogado Ramon Georg von Berg.
A viúva completa 91 anos no próximo 30 de abril. (Proc. nº 70075417600).
Expectativas etárias
A média das projeções oficiais de vida dos brasileiros passaram, em dezembro passado – segundo o IBGE – de 75 anos e 5 meses para 75 anos e 8 meses. A população de Santa Catarina é a que apresenta a maior expectativa: 79 anos e 1 mês. Em seguida vêm o Espírito Santo (78,2 anos), Distrito Federal e São Paulo (78,1 anos).
Além desses, os únicos que possuem indicadores superiores à média nacional são o Rio Grande do Sul (77,8 anos), Minas Gerais (77,2 anos), Paraná (77,1 anos) e Rio de Janeiro (76,2 anos).
Na rabeira, Piauí (71,1 anos) e Maranhão (70,6 anos).
O cacife da seguradora
A propósito, a HDI Brasil, com sede em São Paulo, tem mais de dois milhões de seguros automotivos e 520 mil apólices residenciais emitidas no nosso país. Ela é o braço brasileiro do Grupo Talanx, que titula em Frankfurt uma das três maiores seguradoras da Alemanha, presente também em mais uma dezena de países.
A HDI tem 60 filiais e escritórios comerciais no Brasil, sendo aqui a 5ª maior seguradora automotiva. Tem cacife para atender a condenação.
Matéria original em: http://espacovital.com.br/noticia-35848-sobrevida-gaucha-ate-os-94-idade